O que antes era um conflito entre Israelences e Palestinos tornou-se uma guerra sem fronteiras claras |
Recentemente temos visto notícias diversas de atentados terroristas em países como: França, Bélgica, Suiça, Inglaterra, Alemanha, Turquia etc.
Isso tem me feito pensar no que anda acontecendo no mundo. Andei até aprofundando minha leitura com uma revisão da história do Islã, da Palestina e consequentemente dos judeus, do Cristianismo, entre outros. Também vi alguns documentários sobre a primavera árabe que infelizmente trouxe mais exposição a extremistas e regimes totalitários que a tão sonhada liberdade.
Não sei quanto a vocês, mas me sinto meio sem chão quando vejo essas matanças; ataques com dezenas de mortos e do lado atingido grandes comoções, revoltas e até ameaças enquanto do outro lado, em algumas cenas principalmente de ativistas do estado islâmico, comemorações.
Não dá assim uma impressão de que a humanidade pegou um caminho sem volta?
Acho que a história sempre deveria ser usada como referência. Se olhássemos mais para o passado, poderíamos evitar a repetição de erros graves e suas consequencias no presente.
A formação dos impérios e suas sagas colonizadoras nos levaram à primeira guerra mundial.
A desintegração dos mesmos e consequentes crises econômicas nos levaram à segunda guerra.
Decisões tomadas, principalmente por Inglaterra e França, antes e depois da segunda guerra no que diz respeito à divisão de terras no Oriente Médio sem o menor cuidado com culturas, religiões e linguas diferentes; a criação do estado de Israel, o impacto das enormes jazidas de petróleo na região e políticas definidas sem levar em consideração interesses dos estados e populações locais nos levaram à situação que vivemos hoje.
Tendo como objetivo a queda final do império Otomano, Inglaterra e França prometeram independência às nações árabes, se eles ajudassem na guerra.
Depois da queda do Império e do final da primeira guerra mundial, britânicos e franceses fomentaram divisões entre os árabes, incentivaram a ida de Judeus para a Palestina (e apoiaram a criação do Estado de Israel) ao invés de promover a independência árabe prometida.
Os árabes mais uma vez se sentiram traídos e nunca mais confiaram nos ocidentais. Creio que a lembrança das Cruzadas onde milhares de árabes e judeus foram massacrados e muitas vezes traídos pelos Cristãos voltaram com toda a força.
Foi o próprio Winston Churchill (primeiro ministro da Inglaterra durante a segunda guerra) o responsável pelo traçado das linhas de criação do Iraque colocando num mesmo país os Curdos do norte, Sunitas e Xiitas historicamente antagônicos.
E a confusão estava formada: os europeus se meteram nos assuntos do oriente médio, visando somente seus próprios interesses, criaram e deixaram o caos geográfico e político que culminou em inúmeras guerras entre árabes e judeus, promoveram a criação de Israel e consequente deslocamento de milhões de pessoas de suas terras tradicionais. Consequencia: ódio e mais ódio.
Pobreza, humilhação e desrespeito levam à revoltas. Grupos anti islâmicos, anti judeus, ortodoxos radicais de ambos os lados fundaram o terrorismo de hoje. Antigamente se falava de ações militares entre exércitos rivais, como o de países árabes contra Israel... Agora falamos de ações promovidas contra civis. Os alvos agora são os civis, seu meio de vida, seus valores, sua liberdade.
Outro fato que temos visto nessa onda recente de ataques terroristas na Europa: foram perpetrados em sua maioria por descendentes de árabes (segunda geração) que vivem nestes países e se sentem à margem da sociedade. Relegados a viver das sobras, sem apoio igualitário do Estado, considerados cidadãos de segunda classe são facilmente "laçados" por extremistas ávidos em explorar esse sentimento de inferioridade.
A consequência nefasta é que estas ações reabrem discussões e políticas de imigração, fechamento de fronteiras, dificulta o enfrentamento da crescente crise de refugiados e traz essa guerra de terror para as nossas portas. Não se trata mais de árabes e judeus se matando, o que por si só já era uma tragédia, mas que não afetava o mundo ocidental diretamente uma vez que acontecia em áreas distantes. Isso é fato, não adianta vir com hipocrisia barata.
Até o nosso Brasil, que tradicionalmente tem passado ao largo dessas notícias está na mira do estado islâmico com grupos sendo angariados via internet, ainda que em processo embrionário, mas é a semente de um fruto que precisa ser cortado pela raiz e com urgência. Esse assunto tem que ser discutido pela sociedade e políticas claras devem ser definidas e colocadas em prática.
Não estou fazendo apologia de restrição ou incentivo contra o ingresso de imigrantes, mas nossa sociedade tem que definir o que quer, fixar leis e viver com as consequencias. O que não dá para acontecer é simplesmente focarmos em Lava a Jatos, corrupção, eleições e demais mazelas deixando passar um assunto que pode trazer graves consequencias futuras.
Vejo um cenário extremamente pessimista no futuro, onde uma terceira guerra mundial extritamente provocada por conflitos religiosos poderia ocorrer, principalmente levando-se em consideração que a direita extremista e totalitária vem ganhando adeptos e eleições em países da Europa. As tendências e influências fundamentalistas nos países árabes também estão crescendo.
Nos Estados Unidos a chance daquele jumento demagógico Donald Trump ganhar as eleições não pode ser descartada...e se isso acontecer, aí talvez teríamos que colonizar Marte somente para ver tudo acontecer novamente, pois assim, infelizmente caminha a humanidade.
Nos Estados Unidos a chance daquele jumento demagógico Donald Trump ganhar as eleições não pode ser descartada...e se isso acontecer, aí talvez teríamos que colonizar Marte somente para ver tudo acontecer novamente, pois assim, infelizmente caminha a humanidade.
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